Aproveitando isso, compartilho com vocês não só o link para a loja de músicas por download mais famosa e bem sucedida do mundo, mas uma dificuldade que eu tenho com a venda de músicas ou vídeos por download.
Primeiramente, algumas poucas pessoas devem ter percebido que eu sou um colecionador. A verdade é que percebi isso há pouco tempo. Eu já coleciono há bastante tempo, mas nunca me dei conta disso. De certa forma, acho que todo mundo tem vocação ao colecionismo, afinal, se você é homem, é provável que já tenha colecionado figurinhas ou carrinhos. Se é mulher, você já guardou alguns papéis de carta e certamente morre de vontade de ter uma coleção de sapatos!
Me arrisquei em algumas coleções durante minha infância: figurinhas, carrinhos, latinhas de refrigerante, tazos (ainda escreverei sobre os motivos que me levaram a me desfazer dos meus tazos). Até hoje tenho uma modesta coleção de cartões telefônicos que guardo desde minha puberdade. Já maiorzinho, com o despertar do meu interesse por assuntos relacionados à religião e à Bíblia, comecei a comprar Bíblias em diferentes traduções. Hoje tenho 18 Bíblias e há muitas na minha wishlist. Ainda adolescente, comecei a comprar camisetas e CDs.
Nunca tive o compartilhamento de arquivos na internet como substituto dos produtos originais. Pelo contrário, vejo no download uma ótima oportunidade de conhecer um produto antes de arriscar meu suado dinheirinho com algo que eu posso não gostar. Infelizmente, em 2007, me roubaram a maior parte dos meus CDs e, desde então, tenho concentrado meus esforços colecionísticos em DVDs e Blu-rays de filmes e shows. Ainda compro CDs, mas são pouquíssimos.
Chegamos ao ponto de discussão: até que ponto o comércio de filmes, shows e músicas digitais substitui o comércio dos discos físicos? Eu tinha alguns CDs da Banda Resgate que estavam entre os que foram roubados e até hoje quero ter a coleção completa de álbuns da banda, o que se tornou uma missão muito difícil desde que os CDs lançados pela Gospel Records sumiram do mercado. A solução mais viável e legal seria entrar na iTunes Store e comprá-los, mas eu esbarro em três problemas: o preço não é muito diferente dos discos que me roubaram, a qualidade de som de um arquivo MP3/AAC é inferior à de um CD e arquivos digitais não são colecionáveis! Não se faz coleção de Gigabytes!!
Lembro-me de uma discussão muito interessante promovida por uma professora minha durante um Congresso na faculdade. Historiadores trabalham com documentação e vivemos um momento muito interessante da História em que documentos são produzidos a todo instante pela maior parte da população mundial. Por outro lado, notamos uma mudança de hábito que pode alterar e até prejudicar o trabalho dos historiadores: trocamos a tinta e o papel pelo teclado do computador. Por causa disso, muito conhecimento é compartilhado, mas muito conhecimento é perdido pelo simples apertar de um "delete".
Talvez, toda essa minha mania de guardar coisas que eu considero importantes tenha alguma relação com a faculdade que escolhi (História) e com minha percepção de que sou uma pessoa cuja identidade está registrada em milhares de páginas escritas por homens e mulheres ao longo de alguns milênios.
Torço pela manutenção de CDs, DVDs, Blu-rays, livros, revistas, cartas, fotos e todo tipo de registro humano que seja palpável. Quero ter a certeza de que nossas vidas, nossa cultura, nosso conhecimento, nossos costumes, nossos gostos, desejos e prazeres estarão salvos, ao alcance dos nossos cinco sentidos e que nossos registros importantes estejam guardados e trancados com chaves de metal e não com chaves virtuais.
E, pensando bem, deixe-me imprimir esse texto!
Gostou? Não gostou? Tem alguma sugestão? Comente!
Corroboro com sua opinião.Ainda que possamos passar para CD ou DVD as músicas e/ou imagens baixadas,sempre será algo incompleto;faltará a arte das capas,encartes e booklets,que são complementos indispensáveis a quem é colecionador.
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